Desde que me conheço enquanto pessoa, lembro-me de viver para os livros: miúda de três ou quatro anos, que ainda não sabe ler, exige que todas as pessoas que se possam aproximar dela leiam um daqueles dois pequenos livros de cartão grosso, sobre um pintor num mundo surreal, que vieram de oferta com uns iogurtes da Yoplait, creio eu; com seis, sete anos começo a ler sozinha o livro das "365 Histórias" e pequenos contos dos mais variados livros que já possuo; entre os dez e os doze anos já me proponho a ler aqueles livros com histórias de pré-adolescentes, ou já adolescentes, "O Clube das Amigas", mas especialmente, a partir desta idade, começo a ler os livros da coleção "Sapatilhas Rosa" de Beatrice Masini, que segue a vida de bailarina, Zoe, e dos seus amigos, com uma professora de ballet, algo severa, lá pelo meio, a madame Olenska; a partir, talvez, dos treze anos já leio romances grandes, que assustavam as minhas amigas pela quantidade de páginas, sendo que dois dos primeiros que li foram "A Doçura de Chuva" e "Tu és o Meu Coração"; com quinze ou dezasseis, deve ter começado a minha paixão pelos policiais, com a obra "O Hóspede", coincidindo com o início da paixão pela psicologia.
Assim, propus-me a fazer uma lista, todos os meses, com os três livros que aconselho seriamente a ler. Sou uma apaixonada por policiais e thrillers, no entanto, prometo, também a mim mesma, que vou para além destes géneros.
Como, ainda agora comecei o blogue e já vamos a meio do mês de junho, vou fazer batota e falar, não de livros que ando a ler mas, de livros que já li e, então, vou avaliar os três que já enumerei anteriormente:
- "A Doçura da Chuva", Deborah Smith - segue a vida de Kara Whittenbrook, filha de dois ricassos que morrem e lhe proporcionam a descoberta de uma verdade abaladora: ela é adotada; daí, ela decide sair em busca dos seus pais biológicos e, como é digno de romance, conhece um gajo mais ou menos em condições, Ben Thocco, e andam sempre naquela de "vai, não vai". Dada a idade em que li este livro e a minha pouca maturidade, ainda fiquei "chocada" com uma ou outra cena de amor entre os dois protagonistas, mas é, sem dúvida, um livro que irei ler outra vez, por dois motivos: já não me lembro bem da história e, muito menos, do final; lembro-me que gostei realmente de o ler, fez-me rir e fez-me chorar, disso tenho a certeza.
- "Tu és o Meu Coração", Alan Lazar - dos livros mais bonitos que já li, não fosse eu perdidamente apaixonada por cães. É verdade, aqui é contada a história de um cão, "rafeiro" (não gosto nada desta palavra), filho de uma cadela de raça e de um outro "rafeiro", para desgosto do criador: Nelson nasce, vive os seus primeiros tempos dentro de uma box de uma loja de animais, onde é desprezado pelo vendedor pela sua falta de pedigree, mas onde é comprado por Katey, que vê a sua tristeza de imediato. No entanto Nelson, ainda jovem, foge de casa e anda perdido durante vários anos, o que torna esta história bastante triste. Para variar, fartei-me de chorar com este livro encantador, que mostra o amor incondicional que pode existir entre um cão e os seus donos.
- "O Hóspede", Marie B. Lowndes - é uma reconstituição, totalmente ficcional, da história de Jack, o Estripador, assassino de prostitutas, que ainda permanece uma incógnita, por nunca ter sido descoberta a sua identidade. Confesso que não acabei de ler este livro e provavelmente vou pegar nele durante este verão. Mas, por todas as críticas positivas ao mesmo e por aquilo que li dele e que me lembro é, sem dúvida, um must paras os amantes do mistério e dos thrillers.
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