quarta-feira, 29 de junho de 2016

Opinião: "As Raparigas Esquecidas"

Olá, olá,
Acabei, ontem à noitinha, de ler "As Raparigas Esquecidas", de Sara Blædel e, tal como prometi, aqui estou para dar a minha opinião acerca do livro.
Devo dizer, em primeiro lugar, que vou procurar, futuramente, mais livros da autora porque fiquei bastante agradada com este. Através de uma descrição muito bem feita, a autora leva-nos a criar, mesmo sem conhecer as paisagens da Dinamarca, um cenário muito bem construído na nossa mente, além de que não abusa desta mesma descrição para falar acerca das cenas do crime, o que, por vezes, pode ser bom, quando queremos assim um thriller mais soft. E este não é muito "puxado": passa um pouco ao lado das cenas demasiado chocantes, há uma história simples, bem contada, sem enredos muito complexos ou excesso de personagens, e a puxar um bocadinho, também, para um simples romance. Também é muito bom no sentido em que está escrito a um bom ritmo, não há demasiadas pausas na história, nem mesmo quando há a necessidade de introduzir acontecimentos do passado, o que é aqui recorrente. Penso que está tudo lá, quanto baste.
Se querem uma história com muitos floreados, alguma complexidade e alta descrição de cenas que possam ferir um pouco a vossa suscetibilidade e os nervos à flor da pele do início ao fim, convém lerem talvez alguma coisa de Karin Slaughter (que também gosto muito!). Na minha opinião e pela experiência com este livro, não vão encontrar isso com Sara Blædel, mas posso estar enganada. No entanto, a autora apresenta-nos cenas muito bem contextualizadas, com uma crítica bem patente ao excesso de burocracia que existe na nossa sociedade e há, também, uma apresentação bem clara de como eram tratados, antigamente, os doentes mentais, seja pelas suas famílias bem como pelas instituições em que ficavam internados. Esta temática agradou-me bastante e devo dizer que o fim foi bem surpreeendente, visto que já tinha construído, na minha cabeça, uma hipótese bem delimitada e às páginas tantas ela foi completamente contrariada, voltando-se novamente para a temática da doença mental e de uma mentalidade antiquada acerca da mesma e das necessidades do doente. Há realmente um final chocante, até demasiado perverso, onde tudo fica ligado entre si, onde o título passa a fazer todo o sentido...
Como podem deduzir, gostei bastante do livro e aconselho mesmo! "Devorei-o" em cerca de dia e meio e isso diz alguma coisa, right?

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