Uau, digo-vos, eu não gosto de futebol, não me diz nada se A ou B ganha seja quando for. Mas quando se trata da Seleção Nacional é diferente. Alerto que não venho, nem consigo vir aqui trazer-vos opinião ou detalhes sobre o jogo de ontem, mas tenho coração e lembro-me de, em miúda, ver a final do Euro 2004, em que a Grécia derrotou Portugal. Estava a jantar em casa dos meus avós, era ainda a minha prima bebé, ninguém ligava ao jogo e a receção da televisão não estava lá muito boa, só com formigueiro, no entanto recordo de ter voltado para casa triste porque vi Portugal perder. Atrevo-me a dizer que, provavelmente, fora o único jogo de futebol que eu vira até aí (na minha família não há grande interesse pela "bola") e servira para ver o meu país sair derrotado. Mas passou-se...
Agora, 12 anos depois, sem estar à espera de escrever isto e mesmo sem querer saber muito de futebol e sem perceber nada neste campo, mas a acompanhar o caminho da Seleção por Lisboa, na SIC, sinto-me a vibrar de emoção, qual portuguesa que sou. Apesar de não ter visto o jogo de ontem, ia acompanhando os detalhes com amigos e pela internet, sofri como os outros quando soube o que aconteceu com o Cristiano Ronaldo, senti-me indignada, porque sabia que aquilo não era justo. Mas nem isso nos parou, vejam! E como o meu pai diz, podemos não ganhar nada com isto, mas ganhamos em união, que se vê, ganhamos em mostrar a nossa humildade e a nossa força, ganhamos simplesmente porque sim, simplesmente porque eles nos trouxeram aquele troféu e vá, porque demos baile a uma seleção no próprio país (é giro!).
Que isto sirva de alento, que dê algum ânimo, alguma felicidade ao povo português que, de vez em quando, se deixa ir abaixo, que sirva de exemplo, porque nós ainda somos grandes, ainda conseguimos chegar a algum lado, e a prova foi-nos dada ontem, não só no futebol, mas também, com uma medalha de ouro, no triplo salto, nos Europeus de Atletismo, uma das cinco medalhas, pelo que vi numa notícia, que atletas portugueses aí conseguiram conquistar.
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