Pus a tocar a música mais triste que encontrei, aquela que mais me lembrasse de nós, de ti, de uma versão antiga de mim. Vasculhei no computador à procura daquela pasta que teimo em mudar, constantemente, de lugar e nunca sei onde está, embora a encontre sempre, quase guiada por um inconsciente que tudo sabe. Sabe tudo menos onde irei, iremos, parar.
Numa perfeita sincronia, as fotos foram-se desenrolando à medida que a música progredia, também, no tempo e na história que contava. Chorei. Doeu tanto, sabes? Já há demasiado tempo que não sentia esta vontade tão grande de sofrer por nós, de me lembrar que "isto" contínua a doer intensamente... Venho encobrindo o que sinto com emoções ainda mais desgastantes, cansativas, que não me deixam lembrar daquilo que fui, daquilo que tive. Emoções essas que me deixam cada vez mais distante desse ponto que desejo, com toda a força que me resta, recuperar. Mas nada volta, não é? Ou, pelo menos, não volta igual. Quero, então, acreditar que poderá voltar melhor. Ingénua. Estúpida.
A música acabou, não sei em que estava a pensar. As fotos acabaram. Nem eram assim tantas. Eram as suficientes para me deixar num choro desenfreado, choro do qual estava a precisar. Debato-me com isto, tantas vezes! Necessitava tanto de me permitir sentir assim. Nem sempre consigo, no meio de pensamentos turbulentos e visões arruinadas daquilo que sou, extrair esta dor que está tão funda, enterrada e esquecida - se é que isso é possível - de tão coberta que está por todas as mil coisas que carrego. Coisas que carrego só para não me lembrar, talvez, que há algo que poderá doer mais em mim.
A música acabou, não sei em que estava a pensar. As fotos acabaram. Nem eram assim tantas. Eram as suficientes para me deixar num choro desenfreado, choro do qual estava a precisar. Debato-me com isto, tantas vezes! Necessitava tanto de me permitir sentir assim. Nem sempre consigo, no meio de pensamentos turbulentos e visões arruinadas daquilo que sou, extrair esta dor que está tão funda, enterrada e esquecida - se é que isso é possível - de tão coberta que está por todas as mil coisas que carrego. Coisas que carrego só para não me lembrar, talvez, que há algo que poderá doer mais em mim.
Olha para o título.
Nossa que texto mais incrível ♥
ResponderEliminarAmei... tão profundo, sentimental e verdadeiro.
Parabéns!!!
Oi guria, como vai? Me fez chorar. Acho que por eu ter trazido pra mim e pro meu hoje essas tuas palavras. Por isso vou agradecer por compartilhar esse texto tão belo conosco. Eu realmente amei, mesmo que me tenha trazido lembranças que deveriam permanecer adormecidas.
ResponderEliminarMas, às vezes, não precisamos de trazer essas memórias à tona para nos sentirmos um pouco mais leves, depois da tormenta? É exatamente disso que falo.. Dói, mas depois acalma, como sempre!
EliminarAmei o texto, bem melancólico, mas belo na sua essência.
ResponderEliminarBeijos
Viviane Santos
Oi flor, tu sabe usar as palavras , mas espero que sejam apenas palavras e que essa solidão não seja verdadeira.
ResponderEliminarUma semana cheia de alegrias.
Beijos 😘
Minhas Inspirações por Sara Menezes
Lindona amei seu texto super profundo.
ResponderEliminarJá passei por isso que disse no texto, e me sentia exatamente assim. Triste, chorona, mal.. Mas superei, e isso é o importante. Curti o texto, beijos <3
ResponderEliminarTexto lindo.!!! Vc escreve muito bem... Sucesso.
ResponderEliminarbelavicky.com
Que belas palavras, texto que parece que foi escrito com muita emoção, vc escreve muito bem, amei!
ResponderEliminarMuito profundo, cheio de amor e todo o sofrimento que ele trás. Infelizmente, todos passamos por isso...
ResponderEliminarhttp://www.adoravelcloset.com/
Uauuu você escreve muito bem, Parabéns, seu texto é muito lindo curti bastante
ResponderEliminarcontinue que você vai longe.
Abraços e Sucesso!
www.pandapixels.com.br
Realmente é um texto incrível adorei...beijos
ResponderEliminarOlá,Bea. Tudo bom?
ResponderEliminarQue texto profundo! Acho que todos nós já passamos ou iremos viver esse momento do qual é representado no texto; essa busca de nós mesmos, após permitimos alguém entrar em nossa vida e simplesmente sair deixando uma enorme bagunça.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Gostei bastante do texto! É bem construido, como um fluxo de consciência, sua forma de narrar faz com quem a progressão dele seja natural. Parabéns!
ResponderEliminarEnquanto lia teu texto, Bia, me veio na cabeça a imagem da cantora Maysa. Conhece-a? Leria teu texto em voz alta como ninguém, rs. Texto que, por sinal, é ótimo e esbanja sentimento.
ResponderEliminarUm pouco melancólico é verdade, mas muito bom, rs.
Obrigada! Não conheço mas vou procurar :)
EliminarQuanto à melancolia, acho que, na verdade, eu sou sempre melancólica... É inevitável em mim.
Meu Deus... Quanta angústia. O texto é excelente mas senti vontade de chorar e fui tomado por uma tristeza sem tamanho ao ler o que escreveu. O engraçado é que vi fragmentos da minha vida descritas nessas linhas, estás lendo pensamentos agora?
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